20 de out. de 2011

Achei o porto!

     Ontem eu estava péssima. Passei o dia com um nó na garganta, uma coisa horrível. O dia se arrastou como se arrastaram os anteriores, e eu com mil coisas pra fazer, mil coisas pra resolver, precisando de toda a energia.... prostrada em casa, ação bloqueada, sabe-se lá por quê.
     O dia andou, fui dar uma aula. Lá, tudo tranquilo, exceto por essa dor de cabeça que me ama e não me larga!!! Aliás, se tem "alguém" com quem posso contar na minha vida, nos bons e nos maus momentos, é essa dor..... amor incondicional taí, viu.... eu deveria ter ido pra outra aula às 19:00, mas não consegui. Aquela coisa que me segurava (vide post anterior) estava forte, então perambulei pela cidade, sem rumo. Não é a primeira vez que isso acontece comigo: anos atrás, passei pela mesma situação. 
     Ontem eu consegui tomar as rédeas da situação e peguei um ônibus em direção à minha casa. No meio do caminho, decidi descer e ir a um centro espírita no qual eu já deveria ter ido faz tempo - não fui por falta de vergonha mesmo....
    Quando eu entrei no local, na porta ainda, e fui me apresentar, dizer de onde eu vinha, não consegui falar. Um choro "inexplicável" me fazia soluçar tanto, que se tornou impossível qualquer conversa. As pessoas que me receberam foram super atenciosas, me encaminharam para um salão, onde acontecia uma palestra. Me sentei bem no meio, todos olhavam pra mim. Parecia que alguém tinha morrido, que eu tinha apanhado, cortado cebola.... sei lá.... As lágrimas não paravam de descer e minha lente de contato já estava MUITO embaçada, de maneira que eu não enxergava nada direito, o que me deixou meio sem saber onde estava. Quem usa sabe que, quando não enxerga direito, o sujeito fica desnorteado.
     Neste momento, fui chamada para o passe. Na antessala, eu tentei me por em prece, mas o choro era muito intenso, não me deixava pensar. A passista que chamava a todos para a sala de passes me viu e me encaminhou para uma outra sala, onde fiquei separada das outras pessoas. Lá, durante o passe, fui me acalmando e, aos poucos, voltei ao normal. O choro cessou e eu consegui dizer meu nome e rezar um pouco.
    Eu já tomei tantos passes na minha vida, já fui em tantos centros espíritas, já estudei tanto.... Mas nunca havia ido a um local onde sentisse tanto os efeitos benéficos da energia irradiada pelo passe, nunca havia ido a um lugar onde as pessoas fossem tão acolhedoras.
    Hoje estou bem, como há muito não ficava: calma, tranquila, centrada (e com dor de cabeça, é claro). Agora, queridos amigos, preciso agradecer àqueles que dispensaram um pouco do seu dia para rezar por mim. Ainda tenho muita estrada pela frente, mas vou caminhar com mais segurança, porque sei que tenho um lugar, um porto para atracar. 




4 comentários:

  1. Acredito que o que te aliviou não foi o passe. Não estou falando isso porque sou contra o espiritismo, mas é que acredito que o que tirou muito desse peso seu e a aliviou foi o fato de vc ter chorado tanto. As vezes ajuda muito.

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  2. Oi Cata!
    Não sabia desse seu momento. Só posso te dizer que a hora de Deus não é como a nossa...as coisas às vezes parece q custam a chegar, mas custam não...Ele sabe o momento exato, como esse em que vc foi para um lugar acolhedor que te fez tão bem. Lembre-se que tudo passa...e esse momento difícil tb irá passar, logo, logo.
    Fica em paz.

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  3. Oi Marcela,
    obrigada pela força. Estou esperando ansiosamente pelo momento da paz na minha vida!!!

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  4. Oi Edu,
    ok... não posso contra-argumentar muito com vc... mas o choro não tinha explicação. Eu não estava com a menor vontade de chorar....
    Estranho....
    Só o espiritismo - até hoje - conseguiu explicar as coisas que acontecem comigo.
    BJO

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